O que faz um personagem senão a sua essência?
O que somos todos, senão personagens inventados
por nós
pelos outros
pelo mundo
a ficção dentro do real
a fixação dentro de nós mesmos
O que faz a nossa essência?
Que me faz a mesma apesar de todas as metamorfoses.
Que identifica a lagarta dentro da borboleta
A pele sob a pele
O que mantem acesa a vela
O que faz com que eu me reconheça
Minha impressão digital de alma
Quem eu sou, ou acredito ser
Quem eu queria ser
Quem eu quizera fosse
O que me faz senão tudo o que eu penso
e tudo o que eu calo
As palavras que nascem no peito
e morrem na fala
Os erros que superam os acertos
As risadas, as máscaras
a impaciência que consome por dentro
a acertividade
o desarranjo
as peças que não se encaixam
que não se acham
e perdidas deixam o vão
o vazio no espaço
os arrependimentos
tudo o que eu disse sem pensar
tudo o que eu pensei e nunca disse
até que fosse tarde demais
até que já não existisse volta
o orgulho
o escudo que protege
a lança que fere
o humor
o escudo que protege
a lança que fere
o que sou eu senão as minhas palavras
nos olhos de quem lê
na boca de quem fala
o que sou eu senão as lembranças
na saudade de alguém
na memória de ninguém
o que sou eu senão o nada
mais um na multidão que vaga
o que sou seu senão a minha essência
o desejo de ser
de existir
de me consumir e explodir eternamente
de ter um sentido
de fazer sentido
o que sou eu senão eu mesma
e se nem eu sei
como poderiam os outros
quarta-feira, 20 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
tolerância
Como água no deserto
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo
O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento
Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente
Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar
Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero
Se pareço ainda estranho
Se não sou do seu rebanho
E ainda assim
Te quero
É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo
E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar
tolerância - ana carolina
faço as palavras dela, minhas.
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo
O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento
Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente
Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar
Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero
Se pareço ainda estranho
Se não sou do seu rebanho
E ainda assim
Te quero
É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo
E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar
tolerância - ana carolina
faço as palavras dela, minhas.
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